(Viagem em 09/2016, Publicado em 09/2016; Texto: Gilda M.Lavecchia; Fotos: Daniel R.Carneiro e Gilda M.Lavecchia)
São Petersburgo é a segunda maior cidade da Rússia e está localizada no mar
Báltico, na entrada do golfo da Finlândia ao longo do rio Neva. Já foi chamada de
Petrogrado e Leningrado mas após a dissolução da União Soviética voltou a ser
São Petersburgo.
Foi fundada pelo czar Pedro, O Grande em 1703. Pedro
capturou dos suecos a cidade de Nyenskans para transformá-la no que foi a
partir de 1712 (ainda não concluída) a capital da Rússia.
Os russos usam como moeda o rublo. 100 rublos equivalem a 5 reais (câmbio em setembro de 2016).
Chegamos a São Petersburgo pelo mar, em um cruzeiro no navio MSC Opera, do qual vou falar com mais detalhes em outro artigo a ser publicado. A cidade inaugurou recentemente um dos portos mais modernos do mar Báltico.
Também é possível chegar de avião - as principais companhias europeias que voam para o Brasil chegam até lá, incluindo a portuguesa TAP. A boa notícia é que, ao contrário de norteamericanos e europeus, brasileiros não precisam de visto de entrada (o que não quer dizer que o controle de entrada e saída não seja rigoroso: o passaporte é checado a cada entrada e saída)!
Nos primeiros anos a cidade desenvolveu-se ao redor da Praça
Trindade, onde situa-se a Catedral de Pedro e Paulo. Desenvolvida por Domenico Trezzini abriga os restos mortais desde Pedro, O Grande a Nicolau II e sua família.
Separados pelo rio Neva, encontramos de um lado a fortaleza
de Pedro e Paulo e do outro, em estilo neoclássico o Hermitage, um dos maiores, mais ricos e belos museus de arte do mundo.
O Hermitage é localizado num palácio composto por 10
prédios. Foi fundado por
Catarina A Grande, em 1764 e aberto ao público em 1917. São 3 andares e vários
blocos divididos da seguinte forma: Palácio de inverno, pequeno Hermitage, novo
Hermitage, antigo Hermitage e palácio de inverno de Peter I. A entrada fica na praça do palácio, contrária ao lado do rio.
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Quando transpomos a bilheteria e chegamos ao hall do Palácio de Inverno, visualizamos a grande escada
Jordan, que nos faz perceber a beleza deste ambiente.
A resplandecente sala
com o teto e portas douradas.
Seus lindos cômodos:
Nestas elegantes salas a realeza russa recebia suas visitas.
O Palácio de Inverno foi residência oficial dos czares até a
queda da monarquia. Possui 3 milhões de obras, a maioria de artistas italianos, holandeses e
espanhóis.
A saída do museu é beirando o rio. Nesta mesma calçada,
voltando um pouco até o início dos prédios chegaremos a entrada do palácio de
inverno de Peter I, que é independente do restante do Hermitage.
Apenas uma pequena parte é aberta à visitação.
A entrada custa 600 rublos (cerca de 30 reais) e inclui o Palácio de
Inverno de Peter I. Existem outros valores cobrados, de acordo com as partes do museu que
se pretende conhecer.
É este o horário de visitação:
Terça, quinta, sábado e domingo de 10:30h às 18h (a bilheteria fecha às 17h) e quarta e sexta de 10:30h às 21h (a bilheteria fecha às 20h).
Se continuarmos beirando o canal nesta rua (Dvortsovaya
Naberezhnava) próximo a ponte Trinity, viramos à direita para visitar a Igreja
do Sangue Derramado.
Sua arquitetura é impressionante! Não há foto que consiga traduzir
a beleza deste lugar...
São 7500m2 em mosaicos e figuras religiosas cuja arquitetura tem influência bizantina. Vale muito a pena conhecer o seu interior!
A catedral foi construída em 1881 em memória a Alexandre II (imperador da Rússia de 1855 a 1881) no mesmo lugar onde foi assassinado. Após 27 anos de restauração, foi reaberta em 1997.
A entrada custa 400 rublos (20 reais). No mês de setembro
estava aberta até às 21h.
Na lateral desta igreja, beirando um canal existe uma rua (Bolshaya Konyushennaya) que vai nos levar até uma das avenidas principais e mais
movimentadas de São Petersburgo, a Nevsky Prospekt.
Logo em frente
veremos a Catedral de Nossa Senhora de Kazan.
Foi construída em 1811 inspirada no Vaticano. Com o fim do
comunismo, foi restaurada e reaberta em 1992. Foi nesta catedral que Catarina e
Pedro II, O Grande, se casaram.
A avenida Nevsky é bastante animada e freqüentada por jovens
que dançam e brincam à noite ao som de pequenas bandas tocando nas calçadas.
Nesta avenida é possível termos acesso a outra igreja muito
bonita, a Catedral de Santo Isaac.
No sentido oposto à Nossa Senhora de Kazan e na mesma
calçada, entre numa rua beirando um rio (Maika) chamada Reki Maiki. São 1,8km a
pé.
Esta catedral levou 40 anos para ficar pronta (1818 a 1858).
Na decoração empregaram-se 14 tipos de mármore. Para dourar a cúpula foram usados 100kg de ouro. Desde 1931, é um museu com
obras de arte do século XIX. A entrada custa 250 rublos e no verão fica aberta
até às 22:30h.
Querem conhecer o palácio do Pedro, O Grande?
É muito fácil
ir por conta própria: dirija-se ao museu Hermitage, no lado que beira o rio (os táxis em
São Petersburgo são muito baratos). Bem em frente há uma
bilheteria e um barco, o hydrofoil Meteor (метеор, em russo), que nos levará ao Peterhof em apenas meia
hora por 750 rublos.
O barco nos deixa em frente aos jardins inferiores do Peterhof. A entrada custa 520 rublos e não dá direito a visitar o interior do palácio. Certifique-se de que não seja feriado, pois neste caso, a bilheteria fica fechada e
só é permitida a entrada nos jardins (a do palácio, somente através de excursões).
Este jardim é bem grande e possui várias fontes diferentes:
Fonte de Adão
Fonte Guarda-chuva
Fonte Pirâmide
Fonte Romana
Fonte do Sol.
Fonte Tritão.
Para voltar de Peterhof, saia pelos jardins superiores.
Do
outro lado da rua existem vans com a letra M. Elas nos levarão até a estação Abtobo do metrô.
O metrô em São Petersburgo parece parte de um palácio...
Comprar um ticket (35 rublos) não é muito fácil, pois
poucas pessoas falam inglês fluentemente (especialmente as mais idosas), mas os jovens acabam nos ajudando. Não esperem que
saia um papel ou cartão, para passar na roleta é uma moeda com a letra M que
precisamos depositar. Ah, a maquininha dá troco!
O motorista da van nos informou que a estação mais
próxima do Hermitage é a Admiral. Analisando o mapa do metrô, verificamos que
estávamos na linha vermelha M1, era preciso descer na quinta estação, trocar
para a linha roxa M5 e descer na segunda estação.
Outro lugar imperdível na região de São Petersburgo é o palácio da Catarina, A Grande, que faz parte do complexo de Tsarkoye Selo (que significa "Vila do Czar"). Ele se localiza na cidade vizinha de Pushkin, que situa-se a 25km de São
Petersburgo.
O palácio, em estilo rococó, serviu como residência de verão dos
czares. Isabel, filha de Catarina, iniciou a instalação de algumas obras.
As salas são lindíssimas, e entre as mais interessantes está o salão âmbar, que
não é permitido ser fotografado. Imaginem uma sala com todas as paredes e teto
incrustados de âmbar! Esta resina fóssil é muito encontrada na região do
Báltico, e apesar de não ser uma pedra preciosa, é usada para confecção de colares
e brincos cujos valores são semelhantes aos de jóias.
Os jardins do Palácio que a esposa de Pedro, ,O Grande, criou em
1710, são extensos e delicados! Senti-me emocionada ao ouvir um músico, trajado com roupas da época, tocando flauta
em seus arredores.
Na saída, fomos saudados por uma banda tocando “Aquarela do Brasil”.
São Petersburgo ainda tem muitos lugares e museus
interessantes para se conhecer, como o museu de Fabergé onde apreciaremos os
famosos ovos de Fabergé, jóias que foram encomendadas por Alexandre III e
Nicolau II.
Na verdade, seriam necessários pelo menos 3 a 4 dias para
descobrirmos os fascinantes lugares que uma visita a São Petersburgo pode nos
oferecer!
Caso queiram me perguntar algo, terei prazer em responder. Basta clicar na palavra Comentários. Obrigada!