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Château Batalha

Château Batalha
Château Batalha, sua casa no Centro de Portugal

sexta-feira, 24 de abril de 2020

MALTA - VALLETTA



Malta é um país formado por um arquipélago situado no meio do Mediterrâneo, a 93 km da Sicília (Itália) e a 288 km da África. São ao todo 3 ilhas: Malta (maior), Gozo e Comino, que ocupam ao todo 316 quilômetros quadrados.


Devido a sua posição estratégica, Malta foi invadida e colonizada por vários povos: Árabes (870 dC), Normandos, Aragoneses, Franceses (1798) e Ingleses (1800).


Malta tornou-se independente em 1964 e manteve o sistema britânico de administração pública, educação e legislação. A língua oficial  é o inglês mas falam também italiano e um dialeto próprio.


Passou a ser uma república em 1974 e ingressou na União Européia em 2004. Valletta é a capital e situa-se numa península na costa leste da ilha.
É uma cidade muralhada estabelecida no século XVI pelos Cavaleiros de São João (ordem católica romana).


Em Valletta encontramos alguns museus: Museu Nacional de Arqueologia, Museu Nacional de Belas-Artes, Museu de Guerra Lascaris e o Museu da Co-Catedral de San John.


Esta estupenda catedral alberga a obra de arte de Caravaggio “Decapitação de São João Batista”.


Encontramos dois portos em Valeta: Marsamxett (entre Valletta e o forte Manoel)



 e Grand Harbour (entre Valletta e as Three Cities).



“Thre Cities”, são as cidades: Birgu, Senglea e Bormia. São bem visualizadas quando olhamos para o Grand Harbour e distinguimos umas proeminências do continente bem características da região.



Malta recebe navios que fazem cruzeiros e embarca os passageiros  por Valletta.


Um passeio pela capital, não é necessariamente buscar pontos turísticos específicos, passear por suas ruelas traduzem por si só o que há de mais gostoso.


Normalmente encontraremos points interessantes como os jardins superiores Barrakka.


Há uma bela “varanda” com vista mar, um dos pontos altos de Valleta.


E os jardins inferiores Barrakka. Meu point preferido em Malta. Adoro a paz e o visual lindíssimo!


Ambos ficam na costa com vista para Grand Harbour. Entre um e outro há o Memorial de Guerra Sino Siege.


Na entrada dos  jardins superiores Barrakka encontra-se a praça Castille.


Nesta praça está o Palácio Castille, onde funciona o escritório do primeiro ministro de Malta.


Seguindo pela rua lateral vamos encontrar a igreja da Nossa Senhora da Victória.


O que não falta em Valletta são várias igrejas antigas: Igreja de St John.


Catedral de St Paul


Um lugarzinho gostoso para passar uma tarde de domingo é o Waterfront.


Encontraremos brincadeiras para crianças, personagens fantasiados, feirinha.. 


Há um modo rápido de se chegar ao Waterfront partindo da parte de cima próxima ao jardim Barrakka que é através deste elevador:


O trânsito em Malta é bem confuso, além de terem a direção do lado direito (como na Inglaterra), os motoristas são bem descansados, param em qualquer lugar e não se preocupam com regras de trânsito. Aff... melhor usar transporte público! Existem vários tipos de tickets:


Uma dica para conseguir pegar os ônibus em Malta é ir para Valletta, pois existe um ponto central  com maior número deles  saindo para todas as cidades próximas (devido a curta distância mais se parecem bairros).


Próximo ao terminal de ônibus há um anfiteatro que é usado também  para apresentações musicais.


Em Valletta há vários restaurantes e Cafés: Gianninni (com vista para o porto Marsamxett), Rubino, Café Charles Grech...


O Café Cordina é um dos mais famosos e elegantes.


Eu achei que em Valletta concentram-se os restaurantes e cafés mais sofisticados, porém existem alguns lugares onde se curte a noite à vontade.


Agora, se a idéia é vida noturna badalada até o amanhecer é melhor ir para San Julian’s. Na próxima matéria falarei sobre esta cidade.
Por favor, deixem um comentário. Adoraria ajudar em algo.

terça-feira, 31 de março de 2020

MOÇAMBIQUE - FRATERNIDADE SEM FRONTEIRAS




Moçambique é um país localizado no sudeste do Continente Africano. Sua capital é Maputo e suas lindas praias são banhadas pelo oceano Índico.


Faz fronteira com vários países: África do sul, Tanzânia, Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Essuatíni. Foi anexada pelo império português em 1505 e tornou-se independente em 1975.


Apenas 2 anos depois, mergulhou numa guerra civil intensa até 1992. Só em 1994 elegeu seu presidente e tornou-se relativamente estável (moradores locais me contaram que na região norte do país ainda acontecem brigas e mortes freqüentes).


Moçambique é dotado de ricos recursos naturais, sua economia é baseada principalmente na agricultura mas outros setores estão em expansão. O turismo ajuda muito os moçambicanos. Animais nativos chamam a atenção para a beleza de sua Savana Africana.



País rico também em petróleo, a população poderia ter melhor qualidade de vida, mas infelizmente não é o que acontece com a maioria da população.


A saúde pública disponibilizada à população é bastante precária e o país ainda sofre com altos índices de corrupção.  
O custo de vida é alto já que muitos alimentos são importados. Um pacote de biscoito chega a custar três vezes mais que no Brasil!


O moçambicano é um povo alegre, batalhador, carinhoso, porém muito sofrido e acostumado com as dificuldades de um país subdesenvolvido. Apesar desta realidade, mantém vivas sua cultura e dança.


As mulheres sentem-se muito felizes e plenas tendo muitos filhos. Elas fazem tudo com as crianças amarradas no seu corpo através das capulanas – lindos tecidos coloridos 100% algodão.


A língua oficial é o português, porém, entre eles usam dialetos locais como o changana:  Kanimambo! (obrigada). Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas, em 2019 apenas 17% da população utilizava o português em suas casas.

Moçambique é dividida assim: 


Para se ter uma idéia de como é a sociedade moçambicana, 66% da população vive em zonas rurais, 55% não possui nenhum nível de ensino, 4% completou o ensino secundário. A Fraternidade sem Fronteiras está colaborando para mudar esta triste realidade.


Estive na província de Gaza, no distrito de Chokwe e com muita alegria pude participar de uma das caravanas (que acontecem todos os meses) da Fraternidade sem Fronteiras – organização não governamental brasileira.


A Fraternidade sem Fronteiras é uma organização humanitária, sem restrições étnicas, geográficas ou religiosas que ampara, prioritariamente, crianças e jovens em situação de vulnerabilidade ou risco social. Seu objetivo é  “sacudir o mundo” com a idéia de que milhões de pessoas, cada uma ajudando um pouquinho, podem acabar com a fome e promover a vida de famílias que vivem na extrema miséria.


Através de “madrinhas e padrinhos” que contribuem para a FSF, está sendo possível entregar 428 mil refeições por mês, manter 700 jovens na escola, acolher 15 mil necessitados e atuar em 45 polos de trabalho  em 6 países.


Só em Moçambique, foram abertos 30 centros de acolhimento onde, além de oferecer alimentação, são ensinados cuidados com higiene, atividades pedagógicas, culturais e formação profissionalizante. Idosos são amparados e algumas casinhas foram construídas.


Um grande problema nesta região é a dificuldade em ter água. Mesmo quando as aldeias ficam próximas a algum rio, nele se encontram crocodilos e hipopótamos. A FSF vem perfurando poços artesianos.


Com a chegada da água, foi iniciado o cultivo sustentável de alimentos (machamba) e a capacitação de jovens agricultores.


É impressionante o que sentimos quando chegamos lá e convivemos um pouquinho com estas pessoas que vivem nessa realidade difícil. É muito amor! O coração se enche de felicidade que transparece de dentro de nossa almas, algo que sempre busquei e nunca senti em nenhum outro lugar.


Para mim foi a realização de um sonho participar desta caravana, e ainda, mais do que tudo, um começo para modificar minha vida no sentido do que realmente faz a diferença.


Infelizmente vivemos num mundo onde somos levados para o consumismo, para dar importância a coisas materiais e não darmos muita importância ao nosso próximo. Quando chegamos lá nos centros de acolhimento, temos certeza do quanto podemos ser melhores!


Com a ajuda de todos a Fraternidade sem Fronteiras vem conseguindo manter vários projetos de suma importância:

1 1- Ação Madagascar: Esta região vive uma das piores crises humanitárias do mundo. Foram acolhidas 3 mil pessoas que deixaram de sofrer com a fome e a sede, sem terem um mínimo de higiene; 357 crianças foram inseridas na escola e junto com padrinhos e apoiadores está sendo construída a Cidade da Fraternidade. 

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        2-   Acolher Moçambique: A realidade nestas aldeias era de 1 milhão de pessoas sofrendo com a fome e consumindo água suja. A maioria são crianças órfãs de pais mortos por HIV e malária. Trabalhavam em troco de um prato de comida e não iam à escola.


 3- Brasil, Um Coração Que Acolhe: Este projeto foi criado para acolher nossos irmãos venezuelanos. A FSF junto com todos os apoiadores, criou um centro de acolhimento na cidade de Boa Vista (outubro de 2017) para que as famílias pudessem receber alimentação, aulas de português e orientações necessárias.


  4- Malawi - Nação Ubuntu: Uma nova comunidade está sendo criada ao lado de um centro de refugiados que existe há 24 anos e foi instalado de modo emergencial. Não há escola nem oportunidade de trabalho. O alimento é insuficiente. Um terreno foi comprado e, aos poucos está sendo oferecido a eles uma  oportunidade de vida melhor.


     5- Dakar – Chemin Du Futur (Caminho para o Futuro): A capital do Senegal, segundo a ONU, possui o maior índice de crianças de rua do mundo. Com a contribuição mensal dos padrinhos do FSF, um orfanato é mantido, e além do afeto, alimentação e escola, são oferecidos cuidados com a saúde, música, esporte e capacitação para o trabalho.



   6-   Brasil (Paraíba) – Microcefalia: Esta causa nasceu do coração da Dra Adriana Melo que descobriu a relação entre o zika vírus e a microcefalia. Ela percebeu o desamparo das mães e a necessidade de um local para o tratamento adequado das crianças. A Fraternidade apoiou a causa e as crianças vêm sendo atendidas no Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto em Campina Grande.



  7- Brasil (Campo Grande-MS) - Orquestra Filarmônica Jovem Emmanuel: Os meninos e meninas da periferia passaram a ter aulas com instrumentos musicais e, conforme evoluem, passam a integrar a orquestra. Hoje 52 alunos possuem esta oportunidade mas a meta deste projeto é ampliar para 300 jovens.



   8-   Brasil (Campo Grande-MS) - Fraternidade na Rua: Em parceria com a Clínica da Alma dependentes químicos que queiram deixar o vício das drogas são resgatados e tratados de forma gratuita, podendo reescrever uma nova vida através do amor e da esperança.


   9-  Brasil (sertão da Bahia) – Retratos de Esperança: A FSF ajuda em nove cidades construindo casas, contribuindo no reforço escolar, oferecendo aos jovens aulas de música e  futebol. Junto com os padrinhos, sonha em levar saneamento básico, água limpa e educação. 

- 10- Brasil (Bahia, Calculé) – Jardim das Borboletas: Existem na região casos de uma doença rara não contagiosa e incurável chamada Epidermólise Bolhosa, que atinge a pele deixando feridas sensíveis até mesmo a água. Os remédios e curativos são de alto custo. Além disso, as crianças precisam de roupas e  melhor qualidade de vida. A Fraternidade sem Fronteiras, junto com todos que  apoiam esta causa, quer proporcionar a  essas “borboletas” a melhor vida possível, repleta de cuidados, sorrisos, amor e fé.




 Mas como este lindo trabalho teve início?

Tive o privilégio e a oportunidade de conhecer a história pessoalmente. Estava em uma caravana  junto com outros colegas no centro de acolhimento de Moçambique e numa linda tarde  fizemos uma roda para conversar com o Wagner Moura (presidente e fundador da FSF). Sempre muito simples, tranqüilo e com o coração aberto, nos relatou:



Tudo começou com um chamado interno que recebia sempre em seu coração: ÁFRICA
Ele nos contou que mora em Campo Grande – MS e fez vários trabalhos voluntários em sua região, porém seu coração continuava pedindo que ele fosse para a África. 
Um dia então ele se rendeu ao seu chamado constante e resolveu se organizar neste sentido.
Chegando lá procurou ajuda de uma brasileira. Ela o alertou quanto a ser perigoso ir a uma aldeia e  não poderia levá-lo. Ele tinha pouco tempo e não sabia onde e como levar ajuda, então, muito preocupado e sem saber como atingir seu objetivo foi tomar um café num estabelecimento em Maputo e conheceu um garçom que iria justamente para uma aldeia após o meio dia. Foi a oportunidade que ele precisava.
Chegando lá se deparou com muitas crianças órfãs cujos pais tinham morrido de AIDS e estavam desnutridas.


Voltou ao Brasil, fez uma campanha e conseguiu reunir algum dinheiro para  começar uma ajuda para aquelas crianças africanas. Retornou a aldeia e com a ajuda de moradores locais, criou um centro de acolhimento inicialmente para 35 crianças que logo se tornaram 70 e assim surgindo, cada vez mais ...

Com muito amor no coração e ajuda de padrinhos e madrinhas este projeto vem crescendo e se multiplicando cada vez mais.

Apadrinhe esta causa!
Fraternidadesemfronteiras.org.br/padrinho/apadrinhar.php